Ficaríamos surpresos ao saber o que podemos suportar quando não temos escolha.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CONFIANÇA EM SI


A imagem dispensa comentários, mas como o Blog é meu, eu decidi escrever um pouquinho sobre o tema...rs
Ter confiança em si mesmo é o primeiro passo para o sucesso, em qualquer campo da vida. Para isso é imprescindível a busca do autoconhecimento, na busca pelos próprios índices de possibilidades e limitações, sabendo reconhecer as diferenças que fazem de nós seres ímpares, distintos dos demais, com atributos que foram sendo moldados por meio das nossas vivências, que somente nós mesmos experimentamos, no decorrer das nossas existências.
À medida em que nos conhecemos, tendemos a sair aos poucos da zona de conforto e, com isso, ganhamos mais confiança com os sucessos alcançados e tolerância com os próprios erros, pois já começamos a nos reconhecer incompletos e limitados.
Cabe ressaltar que o autoaprendizado também nos torna mais flexíveis em nossas relações pessoais, vendo no outro o mesmo ser em busca de sua formação, assim como nós, pemitindo-nos saber que nossas escolhas e decisões são o que de melhor podemos fazer no momento para nós mesmos, assim como o outro tem a capacidade de saber o que é melhor para si. Com isso, não devemos permitir que ideais pessimistas nos tirem do foco, pois é certo que encontraremos dificuldades, mas sabendo acreditar em nossos potenciais, os outros também reconhecerão, e assim teremos condições de nos motivar e crescer, aproveitando da melhor forma as oportunidades que surgirem.

Henrique Gomes

sábado, 22 de dezembro de 2012

FALAR OU OUVIR?



É comum acharmos que quando alguém narra um problema ou uma dificuldade, temos a obrigação de dar um conselho apresentando-lhe a solução. Esquecemos nessa hora que quem sabe o que é melhor para si é o outro; que quem sabe exatamente onde e como o sapato aperta é ele; que o que é remédio para mim pode ser veneno para alguém; que ninguém tem solução para tudo e que nem todo problema precisa ser resolvido. Enfim, nem sempre o que possamos falar em determinadas situações servirá para consolar a pessoa ou irá servir para que ela se sinta aliviada. 
Por outro lado, se nos colocarmos em uma posição de ouvintes, prestando o apoio emocional por meio de uma postura de respeito e aceitação, permitiremos que o outro se abra e expresse tudo aquilo que está sentindo e o incomodando, fazendo ele se sentir mais aliviado por ter podido compartilhar aquela dor com alguém, como se dividisse um grande peso que lhe foi imposto a carregar.
Como disse o amigo Alexandre Suverov, provavelmente inspirado pela espiritualidade:

"O melhor apoio que prestamos aos nossos companheiros de jornada é simplesmente esperar em silêncio e com paciência. É preciso deixar que o próximo cresça quando estiver preparado para tal. Nada acontece fora do seu tempo, e fora da potencialidade de cada indivíduo."

Henrique Gomes

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mudando o foco.


Esta imagem traduz muito bem um pensamento que trago comigo: tudo na vida é uma questão de ponto de vista; tudo é relativo.
Há alguns anos soube de um comportamento que me serviu de exemplo, pois consolidou em mim o conceito de que o que sentimos é apenas o resultado da nossa visão do mundo, das coisas, das pessoas, dos acontecimentos... Um jovem de apenas 20 anos, conhecido da família e amigo próximo de uma prima, veio a falecer, vítima de um enfarto fulminante durante um jogo de futebol do qual ele participava com amigos da igreja que frequentava. Fato que, obviamente, foi motivo de imensa comoção para todos. Na cerimônia de sepultamento do jovem, seu pai deu aos presentes uma grande demonstração de fé e de visão positiva da vida, da qual me referi acima. Em seu discurso de despedida, em vez de demonstrar revolta, desespero ou frustração, ele agradeceu a Deus por ter tido a oportunidade de, durante 20 anos, ter como filho uma pessoa tão querida, de ter podido conviver com um ser humano tão bom e amável. Em sua visão, em vez de lamentar a perda do filho pela morte, ele agradeceu pelo que ganhou durante o tempo em pôde se relacionar, como pai, com aquela pessoa tão querida.
Ficou em mim a certeza que só sofremos porque não conseguimos perceber de forma positiva o que nos acontece. Como diz a máxima: a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.

(Henrique Gomes)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

COBRANÇA INDEVIDA

Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por longa estrada. Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido. Verificaram e descobriram um homem caído. Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próxima ao coração. Tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência.
Com muita dificuldade, mestre e discípulo o carregaram para o casebre rústico, onde viviam. Lá trataram do ferimento. Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que ao reagir fora ferido por uma faca. Disse também que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse.
Disposto a partir, o homem disse ao sábio: "Senhor, muito lhe agradeço por ter salvado a minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti."
O mestre olhou fixo para o homem e disse: "Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz."
O homem ficou assustado e disse: "Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!"
Com serenidade, tornou a falar o sábio: "Se não pode pagar pelo bem que recebeu, com que direito quer cobrar o mal que lhe fizeram?"
O homem ficou confuso e o mestre concluiu: "Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que aconteçam em sua vida, pois a vida pode-lhe cobrar tudo de bom que lhe ofereceu..."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PADRÃO DE VIDA

Um pequeno barco de peixes aporta numa vilazinha da costa mexicana. Um turista cumprimenta o pescador mexicano pela qualidade do pescado e pergunta:
– Quanto tempo você levou para pescar esta quantidade de peixes?
– Aproximadamente uma hora – respondeu o pescador.
– Bem, então por que você não ficou mais tempo no mar? Teria pescado muito mais peixes! – indagou o turista.
– Esta quantidade é suficiente para atender às minhas necessidades e de minha família.
– Mas o que você faz com o resto do seu tempo? – volta a perguntar o turista.
– Eu durmo um pouco mais, brinco com meus filhos e depois levo-os para a escola, converso com minha esposa, busco meus filhos na escola, me junto com os amigos, tocamos violão, cantamos umas músicas, depois volto para …
O turista interrompe o pescador, e diz:
– Eu tenho um MBA em Negócios e Inovação, e posso te ajudar. Passe mais tempo pescando todos os dias. Aí você pode vender todo o peixe extra que conseguir pescar. Com o dinheiro extra, você compra um barco maior. Com a receita extra que o barco maior vai lhe trazer, você pode comprar um segundo e um terceiro barco, e assim por diante até possuir uma frota de pesqueiros. Ao invés de vender seu peixe para um atravessador, negocie diretamente com as fábricas de beneficiamento ou quem sabe pode até abrir sua própria indústria de beneficiamento. Aí você pode deixar esta vila e ir morar na Cidade do México, Los Angeles ou até mesmo em Nova Iorque! De lá você toca seu imenso empreendimento!
– Quanto tempo isso iria levar? – perguntou o pescador.
– Uns vinte, quem sabe vinte e cinco anos – responde o turista.
– E depois?
– Depois? Aí é que começa a ficar bom – comenta o turista – quando seu negócio começar a crescer de verdade, você abre o capital na bolsa de valores e fica milionário!!!
– Milionário? Sério? E depois?
– Depois, você se aposenta e vai morar numa vilazinha da costa mexicana, dorme até tarde, pega uns peixinhos, curte a vida ao lado de sua esposa, brinca com seus filhos e passa as noites se divertindo com os amigos…

domingo, 1 de abril de 2012

ARREPENDIMENTOS

Bronnie Ware, uma enfermeira especialista em cuidados paliativos e doentes terminais, e que cuidou durante muitos anos de pacientes em seus últimos meses de vida, reuniu em seu livro “Confissões Honestas e Francas de Pessoas em Seus Leitos de Morte“, os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer:

1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse.
Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais.”
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.
Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu cuidei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a companhia de seus parceiros. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho.
3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
“Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, ele se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que eles carregavam.”
4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos.
Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sempre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muito arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às amizades.
5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz.
Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso ‘conforto’ com as coisas que são familiares e o medo da mudança fizeram com que eles fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Falando de Amor


Amar é fácil e difícil ao mesmo tempo. Quando amamos, emanamos esse sentimento para alguém. Quando esse alguém também nos ama, ótimo, recebemos também amor. O que dificulta são as diferenças. Se depender do sentimento, agimos só pelo coração. Mas precisamos de um direcionamento racional, para equilibrar o que o que sentimos e converter as diferenças em acordos. Não adianta querermos permanecer com atitudes já interiorizadas no ego. Para amar, temos que nos adaptar uns aos outros. Traçar objetivos em comum, ajustar um comportamento aqui, outro ali. Não significa mudar a personalidade, mas lapidá-la a favor do amor, de uma convivência mútua que precisa de doses de humanismo, afeto, consideração.

O amor maduro entre homem e mulher é uma conquista de longos anos. Essa conquista pode vir durante um mesmo amor, ou vir após vários (relacionamento, casamento, namoro). Nem todos estão preparados e amadurecidos o suficiente para compartilhar vida, intimidade, sentimentos com outra pessoa. Isso serve para todos os tipos de amor (homem e mulher, amor pelos filhos, amor pelos amigos). Nesse caso, há o que se trabalhar (psicologicamente) nas bases do desenvolvimento da personalidade que foram oferecidas pela educação familiar e cultural. Com esse trabalho, podemos conquistar uma nova estrutura individual da própria personalidade.

Uma grande dificuldade no amor, é quando colocamos no outro nossa felicidade, passando ele a ser a razão da mesma e de nossa existência. Não é difícil isso acontecer, principalmente em pessoas muito carentes de afeto. Na realidade, aquele que vem para partilhar a vida (a pessoa a quem amamos) deve apenas somar emoções. Se algum dia se for, que leve apenas o que trouxe, não arrancando pedaços de nós. Sendo assim, devemos nos amar e exercitar a autoestima sempre. Para a grande maioria das pessoas é um exercício difícil, mas é só praticar.

Através de experiências a dois que forem vivenciadas, o amor vai se constituindo. Haverá conflitos sempre, não tem jeito (somos humanos), mas o que vai mudando com o tempo é o equilíbrio psicológico e diferenças vão se acertando e se encaixando, dissolvendo os conflitos naturalmente.

Estarmos dentro do coração, um do outro, deve nos trazer bem-estar e confiança em um sentimento compensador. A paz vai se fortalecendo gradualmente. Haverá momentos em que ela estará presente só em um, ou só em outro. O que não pode acontecer é ela não estar presente em nenhuma das partes. É interessante então, o que estiver em momento pacífico, ceder.
 
Andréa Lopes - Psicóloga e colunista

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

As Várias Faces da Mentira

Há um momento na vida em que, graças ao domínio de mecanismos sofisticados da inteligência, aprendemos a mentir. Mentimos jogando com as palavras, contendo gestos, assumindo posturas convenientes – e das quais discordamos – para aliviar tensões. Tentamos esconder aquele traço da nossa personalidade que não nos agrada assumindo uma maneira de ser mais apropriada. São tantas as possibilidades de escamotear a verdade que o mais prudente seria olhar o ser humano com total desconfiança – pelo menos até prova em contrário.
Ainda que sentir medo e insegurança faça parte da natureza humana, fingimos que tudo está sob controle e que nada nos abala para ocultar nossa fragilidade. Acreditando no que vêem, os outros passam a se comportar como se também não sentissem medo. Mentem para não parecer frágeis e inferiores diante daqueles que julgam fortes.
Nesse teatro diário, alimentamos o círculo vicioso da dissimulação. Minto para impressionar você, que me impressionou muito com aquele jeito fingido de ser – mas que me pareceu genuíno. Não seria mais fácil se todos admitíssemos que não somos super-heróis e que não há nada que nos proteja das incertezas do futuro?
Em geral, quem não aceita o próprio corpo evita praias e piscinas. Diz que não gosta de sol, quando, na verdade, não tem estrutura para mostrar publicamente aquilo (a gordura, a magreza ou qualquer outra imperfeição) que abomina. É o mesmo mecanismo usado pelos tímidos, que não se entusiasmam muito por festas e locais públicos. Em casa, não precisam expor sua dificuldade de se relacionar com desconhecidos.

Temos muito medo de nos sentir envergonhados, de ser alvo de ironias que ferem nossa vaidade. É para não correr esse risco que muita gente muda de cidade depois de um abalo financeiro. Melhor ser pobre e falido (e encontrar a paz necessária para reconstruir a vida) onde ninguém nos conheceu ricos e bem-sucedidos!
Até aqui me referi às posturas de natureza defensiva, que servem de armadura contra o deboche, as críticas e o julgamento alheio. Há, no entanto, um tipo perverso de falsidade: a premeditada. Pessoas dispostas a se dar bem costumam vender uma imagem construída sob medida para tirar vantagem.
Um homem extrovertido e aparentemente seguro, independente e forte pode ter criado esse estereótipo apenas para cativar uma parceira romântica. Depois de conquistá-la, revela-se inseguro, dependente e egoísta.
Mulheres sensuais podem se comportar de maneira provocante para despertar o desejo masculino – e sentir-se superiores aos homens. Vendem uma promessa de intimidade física alucinante que raramente cumprem, pois são, em geral, as mais reprimidas sexualmente. O apelo erótico funciona como atalho para os objetivos de ordem material que pretendem alcançar.
Não há como deixar de apontar a superioridade moral daqueles que mentem por fraquezas quando comparados aos que obtêm vantagens com sua falsidade. O primeiro grupo poderia se distanciar ainda mais do segundo se acordasse para uma verdade óbvia e fácil de enfrentar. Aquele que me intimida é tão falível e frágil quanto eu. E – nunca é demais lembrar –, para ele, eu sou o outro que tanto lhe mete medo.
Flávio Gikovate

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dez coisas que levei anos para aprender


1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção, nunca falha).

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. (Está cheio de gente querendo te converter!).

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance. (Na maioria das vezes quem está te olhando também não sabe! Ta valendo!).

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. (Deus deu 24 horas em cada dia para cada um cuidar da sua vida e tem gente que insiste em fazer hora-extra!).

5. Não confunda sua carreira com sua vida. (Aprenda a fazer escolhas!).

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. (Quem escreveu deve ter conhecimento de causa!).


7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'. (Onde ninguém se entende.....)

8. Há uma linha muito tênue entre 'hobby' e 'doença mental'. (Ouvir música é hobby... No volume máximo às sete da manhã pode ser doença mental!).

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito (Que bom!)

10. Lembre-se: nem sempre os profissionais são os melhores. Um amador construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. (É verdade!).

Uma última, mas não menos sábia.
Guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. 

(Texto atribuído a Luís Fernando Veríssimo)