É comum acharmos que quando alguém narra um problema ou uma dificuldade, temos a obrigação de dar um conselho apresentando-lhe a solução. Esquecemos nessa hora que quem sabe o que é melhor para si é o outro; que quem sabe exatamente onde e como o sapato aperta é ele; que o que é remédio para mim pode ser veneno para alguém; que ninguém tem solução para tudo e que nem todo problema precisa ser resolvido. Enfim, nem sempre o que possamos falar em determinadas situações servirá para consolar a pessoa ou irá servir para que ela se sinta aliviada.
Por outro lado, se nos colocarmos em uma posição de ouvintes, prestando o apoio emocional por meio de uma postura de respeito e aceitação, permitiremos que o outro se abra e expresse tudo aquilo que está sentindo e o incomodando, fazendo ele se sentir mais aliviado por ter podido compartilhar aquela dor com alguém, como se dividisse um grande peso que lhe foi imposto a carregar.
Como disse o amigo Alexandre Suverov, provavelmente inspirado pela espiritualidade:
"O
melhor apoio que prestamos aos nossos companheiros de jornada é simplesmente
esperar em silêncio e com paciência. É preciso deixar que o próximo cresça
quando estiver preparado para tal. Nada acontece fora do seu tempo, e fora da
potencialidade de cada indivíduo."
Henrique Gomes
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