Ficaríamos surpresos ao saber o que podemos suportar quando não temos escolha.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O idiota

Conta-se que numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas - uma grande de 400 réis e outra menor, de dois mil réis. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" - respondeu o não tão tolo assim - " ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda."

Pode-se tirar várias conclusões desta pequena narrativa. A primeira: quem parece idiota, nem sempre é. Dito em forma de pergunta: quais eram os verdadeiros tolos da história?
Outra: se você for ganancioso demais, pode acabar estragando sua fonte de renda. 
Mas a conclusão mais interessante, a meu ver, é a percepção de que podemos estar bem mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos...

Desconheço o autor

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